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4 1 ZEZINHO chegou em casa com os olhos arregalados, olhando para o pai. Tinha acabado de receber uma notícia desagradável quando chutava uma bolinha de borracha com os colegas da fazenda onde moravam. Seu pai vai vender a Maninha pro papai, Zezinho. Valtério falou isso com alegria nos olhos. Maninha era a porquinha preta que o Zezinho tinha criado desde leitoinha. A porquinha órfã tinha sido criada no quintal, dentro de casa. Tinha então se tornado mansinha feito uma cadelinha. Foi crescendo e ficando cada vez mais mansa. Zezinho gritava: Maninha, vem cá, Maninha.
6 leitoinha ao abandono do frio de julho e então ele a recolheu, deu-lhe comida, amamentou-a na mamadeira e agora não podia ser o dono dela Arregalou os olhos para o pai novamente. No mesmo instante o pai chamou o Orlando, o irmão mais velho e falou autoritariamente. O quintal tá aí no mato e você mais o Zezinho só correndo atrás de bola depois do estudo. Quero esse quintal limpo logo. Orlando estava de pé no terreiro da cozinha. O pai sentado ali num banco de madeira. Zezinho todo encabulado ali perto. O assunto importante para ele era a Maninha, mas o pai nem ligava para o fato. Ia vender a porquinha de estima dele e pronto. Zezinho afastou-se dali decepcionado. Foi parar debaixo da figueirinha que dava sombra ao chiqueiro e ficou pensando. Precisava dar um jeito de evitar que o pai vendesse a porquinha preta. Tinha certeza que o Valtério é que tinha pedido ao pai para comprar a Maninha. Ora, o Valtério já tinha falado que gostaria de possuir uma porquinha mansinha daquele jeito; que gostaria de possuir a Maninha. E tinha falado isso mais de uma vez. O pai do Valtério tinha condições de comprar a Maninha até por mais do que ela valia. Ele era um dos lavradores mais bem situados ali na fazenda Ipê Branco. Zezinho achava que sim. Sentia até vontade de brigar com o Valtério. Rangeu os dentes e prometeu quase falando sozinho. \"Quebro o nariz dele até sair sangue.\" O sol ia serenando os ânimos do dia. Zezinho não serenava com o acalmar da tarde. Ficava era ali isolado, triste da vida. Queria chamar a Maninha, mas até para isso faltava a inspiração. Ele que estava doidinho para ver a cria da porquinha, cuidar da ninhada com carinho, via-se destruído no seu sonho. \"Quebro o nariz do Valtério. Aquele implicante.\" Os passarinhos se agitavam no costumeiro alvoroço do entardecer. Zezinho nem se lembrava do estilingue para atirar pedras nos pássaros-pretos. Estava amuado. Tinha que arranjar um jeito para evitar a venda da Maninha, sem o pai saber. Se o pai soubesse que aquele menino estava tramando alguma coisa contra o negócio, ia ser uma surra para deixar saudade sangrando de dor. Zezinho. Ele virou depressa. Era a Olívia, a irmãzinha de cinco anos. Ela continuou. Viu só! O papai vai vender a Maninha! Foi aquele Valtério bocudo que pediu pro pai dele comprar ela. Dá vontade de esbagaçar o nariz dele. Foi ele! Foi sim. Sujeitinho ladrão. Isso é roubo. Chegou lá no campo e foi falando pra mim: \"O papai vai comprar a Maninha do seu pai\". Com aquela cara lambida e aquela bocona. Tava era abusando de mim. Vou pregar um soco no nariz dele pra botar sangue. Ele vai ver. Ele me paga.
8 É preciso tratar desses porcos mais tarde por causa das galinhas. Bicho praguejado. Ouviram o pai ralhando. Orlando azucrinava o irmão. Então o Valtério tá te tomando a Maninha, Zezinho! Vai amolar os porcos Zezinho quase gritou. Cuidado que o papai tá ali. Se ele escutar, te pega e dá uma surra. Zezinho continuou o trabalho. Tinha que dar um jeito de evitar a venda da Maninha. Ia dar um jeito. Levasse ou não uma sova ou até mais, mas a porquinha preta não seria vendida com facilidade. Senhor Martinho era um homem bom e tinha certeza que se pedisse ao pai do Valtério para não comprar a Maninha, ele ia atender. Mas tinha de pedir também que ele não contasse nada ao pai. Era isso mesmo. Já chega, Zezinho. Levantou dali e foi olhar os porcos. Era a boquinha da noite. Viu a Maninha surgir dos matos, amojada, arrastando as tetas no chão. O pai estava olhando os cinco porcos de engorda, um pouco para cima. Maninha, Maninha. A porquinha correu para o menino, roncando. Zezinho abaixou e afagou as orelhas dela. A porquinha foi se esticando. O menino cocou a papada dela e depois a barriga. Maninha deitou beirando a cerca e deixou ser afagada. Fechou os olhos e ficou toda feliz. O papai tá querendo te vender pro seo Martinho, Maninha. \"Ronc-ronc-ronc.\" Mas eu não vou deixar. Vou dar um jeito de esconder você no mato. Acho que vou fazer um chiqueirinho pra você lá no meio do mato bem longe e ninguém vai achar. \"Ronc-ronc-ronc.\" Não vai ter perigo de bicho não. Você vai dar cria lá. Todo dia eu vou lá escondido do papai pra levar comida pra você. Zezinho. O que foi, Olívia Vai pra lá. Tá conversando com a Maninha Tá falando o quê Não é do seu nariz. Eu quero é te ajudar, Zezinho. Eu não quero que vende a Maninha de jeito nenhum. Vou falar pro papai não vender. E você tem coragem Eu falo que foi você que mandou. Fala isso pra você ver! E depois, quem vai apanhar Olivinha coçou o braço esquerdo. Depois abaixou-se e começou a coçar a barriga da porca.
9 Ela vai dar cria logo, né Zezinho Vai. Por que você não põe ela no quintal O papai não quer deixar. Por quê Disse que vai fuçar nas mandiocas e vai querer só ficar dentro de casa que nem quando era leitoinha. E no mato o guará não come os leitãozinho, se achar E não é só o guará não. É cachorro-do-mato, cachorro de casa. Mas a Maninha não vai deixar. Será que o papai vai vender ela antes de ela dar cria É... Acho que sim. Maninha ficou sozinha no escuro. Tinha a cor da noite e às vezes roncava pertinho e não era vista no escuro. Zezinho foi para dentro um tanto amolado da vida. Nada havia que o fizesse rir naquela hora. Ser menino era dolorido e triste. Por que já não era homem Demorava tanto a crescer! Onde já se viu não ter o direito de defender um animal criado por ele! A mãe notou a tristeza desenhada no rosto dele. Sabia que estava sofrendo, pois tinha um sentimento de se ligar muito às coisas e depois não saber se livrar delas. Olivinha, na sua inocência de criança, falou ali na cozinha quando o pai acabava de pegar um prato de esmalte e caminhava para o fogão a fim de jantar: Pai, o Zezinho falou que não vai deixar o senhor vender a Maninha. O Zezinho! O Zezinho não manda nem na comida que ele come. Então agora é que eu vou vender aquela porca mais depressa. Menino não é dono de nada. Não tem querer. Se o Zezinho pegar com muita coisa, ainda leva uma coca. Zezinho se defendeu: Eh, Olivinha que inventa as coisas! Não falei nada disso. Falou e falou sim. A mãe entrou no assunto: Pra que vender a Maninha, Odilo Pra quê, Leonor Pra fazer negócio. Uma porquinha à-toa. Pequena demais. E o Martinho parece que vai dar um bom dinheiro por ela. Daí eu compro duas do tamanho dela. Mas é a porquinha de estima dos meninos. Que estima! A gente estima coisa boa. Ela é mansinha. E isto é qualidade! Mansinha eu só gosto de vaca. Porca é pra encher o terreiro e dar bom peso.
11 \"Vou conversar com o seo Martinho amanhã. Não. Acho que não. Acho que vou é fazer um chiqueiro pra Maninha no mato. Mas não tenho tempo. De manhã é o tempo inteiro na escola. De tarde é pra capinar o quintal.\" Zezinho! Já dormiu Ah, Chiquinho, vai amolar os cachorros. Chiquinho silenciou e o Zezinho dormiu, embora insistisse em continuar pensando numa solução para evitar que a porquinha fosse vendida. E sonhou que ia tocando a porquinha por uma estrada que parecia não ter fim. Ia conversando com a Maninha e ela roncando na frente dele: \"Caminha, Maninha. Pra bem longe. Vou te esconder do papai. Vira pra trás não, sô. Anda, caminha.\" Depois a estrada se perdia num nevoeiro e o dia virava noite e a Maninha sumia no escuro. Tudo parecia se desfazer em nada mesmo. Menino não era dono de nada. Estava tudo confirmado. Acordou de madrugadinha, antes que o pai levantasse. De imediato sentiu-se às voltas com o problema. Era preciso começar a urdir alguma coisa muito séria. Será que o pai ia logo para a roça ou ia à casa do seo Martinho concluir o negócio Logo o pai pulou da cama e pigarreou. Aquele homem nunca levantava com o dia já claro. Nem aos domingos. E punha todo mundo de pé. Ali ninguém podia ficar na cama até o sol sair. Zezinho pulou da cama logo também e descalço foi para o terreiro. Vai pôr milho pros capados, Zezinho. Cadê o Orlando Já levantou Não senhor. Orlando! Orlando ouviu o estrondo da voz do pai e já sabia que devia pular logo da cama. Saiu apressado do quarto. Senhor! Depois da escola você vai pra roça me ajudar. Deixa só o Zezinho e o Chiquinho capinando o quintal. Sei. Zezinho arregalou os olhos contra a figura poderosa do pai. Queria saber é se naquela manhã o pai iria terminar o negócio com o seo Martinho. Mas não ousava perguntar. Sentiu que se tocasse no assunto, o pai seria capaz de ir terminar o negócio logo só para mostrar que fazia o que bem entendesse. Seo Odilo saiu logo de casa e realmente se encaminhou para a casa do seo Martinho. Ia tentar concluir o negócio. Martinho. A mulher do homem respondeu: Foi pescar, seo Odilo, e pousou por lá. É pra quê É sobre o negócio de uma porca que ele quer me comprar.
13 Zezinho, vem pra frente. Os menores na frente. O Valtério pode sentar no banco de trás. Ele é maior. Zezinho obedeceu contra sua vontade. Felizmente o Valtério não estava no mesmo banco, embora estivesse respirando ali pertinho. Agora o Valtério não era mais seu amigo. Era o inimigo maior. Dona Vanda distribuiu os deveres. Zezinho tinha que resolver três probleminhas que eram praticamente três continhas: duas de somar e uma de subtrair. Garatujou os exercícios e ficou sem disposição para resolver. Mordeu no pé do lápis e ficou pensando na porquinha preta. Ainda não fez nada, Zezinho! Não escreveu nem um número! Você é tão inteligente e esperto! O que foi Valtério interveio: Ele tá brabo porque seo Odilo tá vendendo a porquinha de estima dele pro meu pai. Uma porquinha! Não é nada não, dona Vanda. Esse cara é um mentiroso malandro. É um invejoso. Não pode ver nada que os outros têm, que quer tomar. Ah, vamos deixar esse caso de porquinha de lado e vamos estudar. Isso vocês vão discutir depois da aula. Todo mundo trabalhando. Zezinho voltou-se para as continhas. Tentava, mas não conseguia se concentrar direito. Estava todo sentido por dentro. Não era mais que uma criaturinha borbulhante de queixumes. Somava os números e o resultado era a porquinha preta. Rangia os dentes. Resmungava baixinho. Queria mesmo era levar a Maninha para bem longe. Atravessar o rio com ela e soltá-la do outro lado e que ninguém desse mais notícias dela. Finalmente conseguiu fazer as continhas, nervoso que até respirava com dificuldade. 4 ASSIM que saiu para o recreio, ouviu o Valtério dizendo: O papai foi pescar ontem. Pousou na beira do rio. Mas eu acho que hoje de tarde ele vai lá na sua casa comprar a Maninha, Orlando. Zezinho fungou, piscou miudinhamente e entrou nos matos. Um colega se aproximou dele: Então seu pai tá vendendo a sua porquinha de estima, Zezinho Aquele Valtério que pediu pro pai dele comprar ela. Só de inveja. Ficou com inveja porque não conseguiu amansar uma porquinha que nem eu amansei e deu em cima do pai dele pra comprar a minha. E por que o seu pai vai vender Porque o pai dele tá dando muito dinheiro. E o papai tá querendo comprar duas ou três do tamanho dela ou maior. 153554b96e
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